quinta-feira, 27 de maio de 2021

De cabeça pra baixo...

O mundo mudou, a vida mudou, as pessoas já não suportavam a comunicação fática usual. Finalmente máscaras mordásticas deram imagem ao silêncio frio da sociedade. A vida da margem foi submersa, e as velhas margens, com certeza, estão lá, à beira do colapso, fugindo do afogamento que parece iminente. Mercúrio está entrando em mais um ciclo retrógrado, e nos últimos 650 dias ele parece estar lá, criando uma mudança louca, descascando o mundo das pessoas como se fosse uma faca a descascar uma laranja. Eu perdi tudo, e ganhei tudo, incluindo novos óculos sociais, emocionais e um rótulo novo. Não sei mais se chorar traria tudo de volta, mas vou evitar, já não quero aquela vida, nem aquela correria, nem dever pra ter que trabalhar e pagar por algo ou pelo ser que eu parecia ser. Novas perspectivas aparecem quando se olha de um novo ângulo, e o meu mundo de ponta cabeça me deu novos horizontes vontades, e motivos para continuar assim. É como se tudo tivesse capotado. Estou aqui, após o estado de choque reparando preso pelo cinto de segurança um sol que nasce na posição de se por. Bom dia, ou noite, ou seja lá o que vem por aí. Ninguém sabe o que vem lá, nos basta esperar e descobrir...

terça-feira, 4 de maio de 2021

Despido.

Me escrevi por vezes cheio de erros de linguagem, ortografia, e até mesmo de concordância. Mas quem se importa com a concordância do que escreve quando se está em discordância?! A discordância na escrita combinou com a da vida, a grafia da vida errou com a linha reta, e as classes gramaticais, ou seriam classes sociais?! Enfim, na ância de me despir, nunca liguei muito para como escrevi, mas com que intensidade despencava cada palavra do meu corpo, como uma roupa amassada no calor do momento, que pode até ser esquecida;mas que quando relida, revista, reencontrada vai lembrar o calor do momento do desnude.